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segunda-feira, 23 de março de 2015

A Imensidão de Amar

CRÉDITO: IMAGEM DE SELINA DE MAEYER

Meu Amar

Meu Amar não se resume a sexo,
constrói-se de pequenos gestos
de afeição gratuita e esquecida
do desejo.

Não tem a pressa dos que buscam
cegamente saciar os instintos da carne.
Não sabem eles que a fome que sentem
não é de algo material,
mas foge mesmo aos cérebros
mais refinados.

Meu Amar é silencioso e calmo,
cresce anônimo entre os vestígios
do Eterno.

Não se contenta em tocar a superfície,
necessita se lançar ao fundo do desconhecido,
avançar contra as ondas que teimam
impedir que eu encontre os tesouros
escondidos.

O que eu busco não se pode comprar,
O que eu busco foge às concepções humanas
de riqueza.

São preciosidades que só podem ser 
conquistadas, se o homem se despe de si,
 abandona as suas máscaras,
falsos heróis

E, enfim, reconhece suas limitações
para abrir-se ao Perfeito.

O Fim é uma desculpa para fugir
ao inebriante sol do Ilimitado Amor.

Meu Amar é certo, sem reservas,
nem limites de tempo e espaço,
ou conceitos.

É perene e não transita entre os
"talvez" ditos por conveniência,
não é condicionado a ocasiões,
aos formalismos do politicamente correto,
nem às filosofias ou modos de vida
de um "bon vivant",

Meu Amar prefere fugir ao prazer que furtar
a Felicidade Eterna de alguém.

Meu Amar resume o Meu Ser em Deus.

(Millena Cardoso de Brito)





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