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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Cisma poética

Morte

A Morte que me chama
presságio de um fim,
que me punge o peito, 
mas a alma acalenta.
Talvez, a alma pressinta
no  ocaso da vida um fim
reticente...
O pouco é nada perto de
um ser que tem sede de infinito. 
Quem anseia o céu, treme diante 
da possibilidade de despencar de um abismo.
O mal tem muitos rostos,
e nem todos eles são feios.
A aparência é mera ilusão dos sentidos,
nenhum mortal pode sondar os labirintos
das teias que envolvem os mistérios da Criação.
A alma nasceu para a Eternidade.
 Na Terra, ela espera o descanso iminente,
pois a infeliz alma debate-se
dentro do corpo, pedindo Liberdade
A doce Felicidade de livrar-se 
da dor incerta e constante
de quem vive:
o Medo.

(Millena Cardoso de Brito)

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Tempos Modernos

Presságio


Chegou o tempo dos que
negam a vida,
querendo a vida.
O tempo dos escravos do dinheiro,
da ilusão dos sentidos,
das marionetes do poder,
da miséria na abundância.


Chegou o tempo dos que
vivem para o mundo,
mas morrem no fundo
do seu ser.

(Millena Cardoso de Brito)

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Epitáfio de um mundo em crise

Guerra

Armas não saciam a fome,
a fome da carne,
nem a fome da alma.
O dinheiro não alimenta o espírito.
Instintos latentes do mal
vagam nos extremos do ser,
e muitos se deixam levar..
Guerra letal
sombra do mal,
abrigo escuro,
onde se esconde a face obscura 
do animal mais perigoso do mundo:
o homem.

(Millena Cardoso de Brito)

domingo, 6 de julho de 2014

Reflexão poética

Ilusões

Ilusões são pequenas mentiras 
que consentimos em acreditar.
A inexistência existente na mente,
que mente a razão.
Ilude os sentidos
e afugenta a realidade incompreendida,
transformando esperança em dor.
Martírio sem razão,
que forma um mundo paralelo e sombrio,
vivendo a sombra do que não existe,
sentindo o que não se sente,
dor ilusória,
mas concreta,
que só quem sente é quem a tem.

(Millena Cardoso de Brito)