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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Cisma poética

Morte

A Morte que me chama
presságio de um fim,
que me punge o peito, 
mas a alma acalenta.
Talvez, a alma pressinta
no  ocaso da vida um fim
reticente...
O pouco é nada perto de
um ser que tem sede de infinito. 
Quem anseia o céu, treme diante 
da possibilidade de despencar de um abismo.
O mal tem muitos rostos,
e nem todos eles são feios.
A aparência é mera ilusão dos sentidos,
nenhum mortal pode sondar os labirintos
das teias que envolvem os mistérios da Criação.
A alma nasceu para a Eternidade.
 Na Terra, ela espera o descanso iminente,
pois a infeliz alma debate-se
dentro do corpo, pedindo Liberdade
A doce Felicidade de livrar-se 
da dor incerta e constante
de quem vive:
o Medo.

(Millena Cardoso de Brito)

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