O nada do nada
Posso sentir a presença do infinito
Abraço o nada.
Meu nada me satisfaz...
Mas a consciência do nada
é algo para mim imprescindível...
Sentir a vida, o sangue a pulsar nas veias,
o ar inundando o corpo tépido e aconchegante...
Não há nada mais belo que o espetáculo da vida...
Esse momento é algo único
Mas, no futuro, que teremos?
Por isso, prefiro abraçar o nada.
Não perder tempo procurando respostas,
perder a razão para encontrar
o prazer divino,
a ausência de dor,
e ser apenas o que sou,
uma parte do Infinito,
um enigma a ser decifrado.
E, assim, viver com a Eternidade,
a arte mais simples e bela
do Viver.
(Millena Cardoso de Brito)
Nenhum comentário:
Postar um comentário