Crédito: Imagem retirada da Internet |
Não estou
pronta para viver a minha idade cronológica,
Mas a vida
talvez seja isso a gente viver no susto.
Não estar
preparado para o fim nem para o início,
Nem conseguir
acompanhar o curso do tempo.
Não há como
conter o inesperado,
Nem fazer
que tudo aconteça da maneira que desejamos.
Precisamos
ter calma para atender as necessidades do momento.
A minha
ânsia de infinito me fez preservar a infância no ser e nos gestos,
Guardar o
encantamento das noites de luar,
Lançar-se ao
novo com a confiança
De que haverá
sempre amparo.
Para mim
tudo é imenso e intenso
E há
novidades no simples abrir e fechar de olhos.
Não consigo
contar o tempo por anos,
Mas pelo que
sinto do que vivi.
Há dias
cheios de eternidade e outros vazios.
Sou levada
pela transitoriedade da vida
Que me
abraça com dedos firmes
E me prende
às minhas escolhas.
Mas, o que
procuro é a permanência,
Deixar o
medo de perder a consciência
E viver a
certeza de que existe o Eterno.
Gosto de
saborear o passar do tempo
Mas preciso
da certeza do por vir.
Não estou
pronta para viver a minha idade cronológica,
Mas a vida
talvez seja isso viver.
(Millena Cardoso de Brito)
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