Crédito: Imagem retirada da Internet |
Passos
Pés errantes pela areia fina,
Olhos cansados,
Peito ferido,
Boca calada,
Alma sofrida.
Confusão de sentimentos
Que me fazem sofrer.
Então, os pensamentos fogem ao toque do vento,
O pedido de ajuda silencia no peito.
Imagino que estou só.
Nesse momento verto copioso pranto,
Que inunda todo o meu ser...
O sal das lágrimas misturam-se às ondas
Que tocam suavemente meus pés.
As salgadas vagas trazem uma sensação doce,
Como de um abraço amigo.
Dentro de mim escuto a voz de Deus
Vindo do Seio da Criação a cantar
Em meus ouvidos ao ritmo do barulho do mar.
Percebo que não estou sou,
Pois ausente do burburinho de outras pessoas,
Experimento um amor mais imenso
Que o oceano que avisto sem conseguir
Enxergar o fim...
O Amor de Deus está em mim e vem
De tudo que meus sentidos podem captar...
Ao voltar a superfície da minha consciência,
Meus pés errantes voltam a percorrer
Um espaço inconstante na beira do mar...
Mas, depois de mergulhar na imensidão do
Amor até então desconhecido,
Sinto as feridas remoídas cicatrizarem
pelo contato com o Sol do céu
E o Sal das lágrimas e do Mar.
(Millena Cardoso de Brito)
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