Translate
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Autorretrato
O que eu sou...
Sou campo de guerra
entre Deus e o diabo.
Sou dor, medo, desejo,
palavras que juntas me fazem
ter voz.
Sou amor, sou carinho,
peito aberto, alma suplicante,
sentimentos a confrontarem-se
sem voz.
Sou existência errante,
transitoriedade ambulante,
procurando um caminho,
castigado pelo tempo veloz.
Sou indivíduo em busca da Verdade,
consciência perdida
de alguma verdade escondida.
Sou escuridão, luz.
Sou a indefinição das palavras,
edifício em construção.
Enfim, sou apenas uma parte
da humanidade...
O nada em busca do Tudo,
querendo ser tudo em cada parte,
mas sendo apenas uma parte
da Eternidade.
(Millena Cardoso de Brito)
domingo, 18 de janeiro de 2015
Sobre a finitude da vida
Tantos
Tantos poetas já mortos,
Tantas mentes brilhantes enterradas
que comidas por vermes viraram pó.
O tempo passando veloz transforma
e forma o que não se dissipa.
O que ele destrói renova-se
e o que se perde transmuta-se em algo,
muitas vezes, desconhecido.
muitas vezes, desconhecido.
Tantos tentaram, mas tão poucos conseguiram
vencer as barreiras do tempo.
Tantos túmulos foram esquecidos de
vidas que se doaram por ideais transgredidos
e lavaram a terra com um sangue que mudou
o rumo da história humana.
Mas, que agora são lembranças
que roçam as incertas tentativas
de reconstruir um passado que ficou
guardado longe da consciência dos mortais.
Serei, talvez, mais um sopro de vida
que irá se apagar na imensidão dos dias
com palavras escritas (ou digitadas)
que desaparecerão ou serão incorporadas
a outras consciências...
a outras consciências...
Talvez, minha busca seja em vão
e nunca encontre o que procuro:
a verdade.
Mas, eu não desisto,
pois a esperança é o alimento da minha alma.
E, assim, vou sobrevivendo
ser a calar, enquanto o mundo grita,
ser a gritar, enquanto o mundo cala,
escondido nas coisas mais simples da vida.
( Millena Cardoso de Brito)
Crédito: Imagem retirada da Internet do blog Crônicas Macaenses (http://cronicasmacaenses.com/2014/08/09/operarios-chineses-na-primeira-guerra-mundial/) |
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
Quando será a hora de partir?
Crédito: Imagem retirada da InternetPartida |
Quieta te deixei partir
Com um pranto silencioso
E conformado com o que chamei
"Vontade de Meu Deus".
Nunca te pertenci,
Nem tu pertencestes a mim,
Restou-me apenas a saudade
Do que nunca existiu.
Nada podia fazer,
Pois o respeito que sempre
Tive a tua liberdade
Mostrou-se bem maior que
Meus desejos egoístas.
Preferi ver-te procurar com
Teus próprios passos a tua felicidade,
Mesmo que longe de mim,
A ter-te infeliz por perto.
Deixei-te seguir os impulsos
De tua alma selvagem.
Quieta te vi em outros braços.
Tu feliz parecias nem me notar.
Acompanhei teus passos a distância.
Não sabias, mas nunca estarias sozinho,
Pois quando precisasses sempre
Teria alguém para acompanhastes.
Talvez mesmo distante transpassado
Por uma brisa incerta
Tua alma pressentisses o amor dado
E teu corpo tremesse a esse toque...
Porém tu não soubestes entender
Os pequenos sinais que desvendam
Os Grandes Segredos do Amor.
Eu te amei e tu sem compreender
Perdestes um puro e verdadeiro Amor.
(Millena Cardoso de Brito)
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Desestigmatização
Padrões
Padrões,
vilões
da mente,
palavras mudas,
presas no inconsciente,
causando guerras
por dentro e por fora,
as dores, o mau.
Semente estéril,
plantada nas vagas do tempo,
formando conceitos, preconceitos,
tecendo ilusões
nas mentes sem direção!
(Millena Cardoso de Brito)
Assinar:
Postagens (Atom)